EBD | 3° Trimestre De 2025 | CPAD – JOVENS – TEMA: A LIBERDADE EM CRISTO – Vivendo o Verdadeiro Evangelho conforme a Carta de Paulo aos Gálatas | Escola Bíblica Dominical | Lição 03: Paulo e sua chamada
TEXTO PRINCIPAL
“E glorificavam a Deus a respeito de mim.” (GI 1.24)
RESUMO DA LIÇÃO
Paulo conta um pouco da sua história para defender seu ministério e mostrar que a mensagem que pregava não era estranha aos apóstolos de Jerusalém.
LEITURA SEMANAL
- SEGUNDA – GL 1.14 Saulo, um prodígio no judaísmo
- TERÇA – GL 1.13 Saulo, o perseguidor de crentes
- QUARTA – At 26.11 Saulo obrigou crentes blasfemarem contra Deus
- QUINTA – At 9.5 Saulo persegue a Jesus
- SEXTA – Gl 1.12 Jesus se revela a Saulo
- SÁBADO – GL 2.9 Os apóstolos reconheceram o ministério de Paulo e Barnabé
OBJETIVOS
REFLETIR a respeito do Evangelho que Paulo pregava;COMPREENDER que Paulo foi escolhido por Deus, mesmo com o seu currículo questionável e antes de conhecer Jesus;APRESENTAR a diferença de uma vida transformada.
INTERAÇÃO
Prezado(a) professor(a), nesta lição, estudaremos uma parte da vida de Paulo, em que ele precisou mostrar a origem do seu apostolado e da sua mensagem aos gálatas. Veremos que não somente o ministério de Paulo estava em jogo, mas igualmente a mensagem que ele havia ensinado àquelas igrejas. Paulo não se esqueceu das atrocidades cometidas por ele, antes de seu encontro com Jesus, contra a Igreja de Deus, mas veremos que ele mostrava que a graça do Senhor o salvou, e que o seu apostolado era um sinal do poder transformador, não da Lei, mas do Evangelho.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), escreva no quadro a seguinte palavra: “apóstolo”. Em seguida pergunte aos alunos o que significa ser um apóstolo no Novo Testamento. Ouça os alunos com atenção. Depois explique que apóstolo é, alguém ‘enviado’ com uma comissão direta de Cristo para transmitir a sua mensagem original e liderar os esforços para estabelecer a sua igreja no Novo Testamento. Diga que nesta lição, Paulo estava se referindo ao seu ministério como um apóstolo. Mas há também um sentido em que cada seguidor de Cristo é separado por Deus para que, por seu intermédio, Ele possa realizar o seu propósito de transmitir a mensagem e refletir o caráter do seu Filho, Jesus Cristo. Como cristãos, fomos salvos e separados do pecado e do mal para que possamos vivenciar um relacionamento íntimo e pessoal com Deus e transmitir eficazmente aos outros a mensagem de esperança e vida por intermédio de Cristo. Ser separado quer dizer estar reservado para Deus e para os seus propósitos. Desta maneira, esta bênção envolve estar com Deus, e viver por Deus e para Deus. A separação espiritual significa viver com fé e obediência para a honra de Deus e com o propósito de revelar o seu Filho ao mundo” (Bíblia de Estudo Pentecostal para Jovens. Rio de Janeiro: CPAD, 2023. p. 1625).
TEXTO BÍBLICO
Gálatas 1.11-
2411. Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens,12 porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo.
13. Porque já ouvistes qual foi antigamente a minha conduta no judaísmo, como sobremaneira perseguia a igreja de Deus e a assolava.
14. E, na minha nação, excedia em judaísmo a muitos da minha idade, sendo extremamente zeloso das tradições de meus pais.
15. Mas, quando aprouve a Deus, que desde o ventre de minha mãe me separou e me chamou pela sua graça,16 revelar seu Filho em mim, para que o pregasse entre os gentios, não consultei carne nem sangue,17 nem tornei a Jerusalém, a ter com os que já antes de mim eram apóstolos, mas parti para a Arábia e voltei outra vez a Damasco.
18. Depois, passados três anos, fui a Jerusalém para ver a Pedro e fiquei com ele quinze dias.
19. E não vi a nenhum outro dos apóstolos, senão a Tiago, irmão do Senhor.
20. Ora, acerca do que vos escrevo, eis que diante de Deus testifico que não minto.
21. Depois, fui para as partes da Síria e da Cilícia.
22. E não era conhecido de vista das igrejas da Judéia, que estavam em Cristo;23 mas somente tinham ouvido dizer. Aquele que já nos perseguiu anuncia, agora, a fé que, antes, destruia.
24. E glorificavam a Deus a respeito de mim.
INTRODUÇÃO
Paulo dá continuidade à Carta aos Gálatas, mas nesta seção, ele conta um pouco a sua história. E por qual motivo ele faria isso? O seu ministério e sua mensagem estavam sendo atacados por ele não ter sido um dos apóstolos de Jerusalém. A tática dos judaizantes era desqualificar Paulo como apóstolo, para depois desqualificar a sua mensagem. E de que forma tentaram fazer isso? Os inimigos de Paulo provavelmente conheciam o seu passado, e tentaram colocar isso em foco para descredibilizar o apóstolo. Por isso, ele entendeu ser necessário, ainda no início de sua Carta, apresentar uma parte da sua biografia, não para se exaltar, mas para mostrar o que a graça de Deus pode fazer por um pecador.
I- O EVANGELHO DE PAULO
1- Paulo faz sua defesa.
A história de vida de uma pessoa tem importância. De onde ela veio, o que aconteceu na sua vida, que adversidades enfrentou e que tipo de acontecimentos moldaram o que a pessoa é hoje podem nos servir de exemplo. Paulo se preocupa em estabelecer as suas credenciais narrando um pouco a sua história, mas por um motivo nobre: falsos mestres que tinham ido à Galácia tentavam desqualificar o seu ministério. É comum, em nossos dias, que um indivíduo chegue a uma determinada posição na sociedade e que terceiros. desconhecedores de sua história. o avaliem como alguém que teve sorte, que teve ajuda, que no fundo não merece a posição que ocupa ou que a sua história não corresponde à função em que está. Por isso, devemos ser cautelosos em nossas opiniões, e pensar bastante antes de falar coisas, desconhecendo fatos. Paulo não conta a sua história para impressionar os gálatas. Ele não faz com o objetivo de comover os seus leitores, e sim para mostrar que ele tinha autoridade para pregar e defender o Evangelho aos gentios. Histórias e testemunhos sempre nos fazem lembrar de que as nossas lutas podem ser muito parecidas com as de outros irmãos, e no caso de Paulo, é possível que os gálatas não tivessem, quando foram evangelizados, conhecido com detalhes o seu passado como perseguidor. A expressão “já ouvistes” é um indicativo de que Paulo falou um pouco de sua história provavelmente enquanto os evangelizava, mas o que ele vai descrever a seguir reforça a sua autoridade apostólica, visto que recebeu o Evangelho do Senhor Jesus, e não de homem algum. Ele não fora comissionado pela igreja de Jerusalém, mas pelo próprio Cristo.
2- Ele não pregou o Evangelho dos apóstolos de Jerusalém.
Que tipo de Evangelho Paulo estava ensinando e pregando? O Evangelho é um só, mas judeus e gentios tinham culturas distintas e foi necessário mostrar que da mesma forma que o Evangelho dos irmãos de Jerusalém tinha como fonte o Senhor Jesus, o dos gentios também tinha o Senhor Jesus como fonte. A mensagem de Paulo não era diferente do Evangelho dos apóstolos em Jerusalém, a base e origem da Igreja. A salvação continuava sendo pela fé em Jesus, pois o Evangelho é o “poder de Deus para a salvação de todo aquele que cré, primeiro do judeu, e do grego (Rm 1.16). Grupos culturais diferentes, mas o mesmo Evangelho da salvação. É possível que, em nossos dias, haja pessoas que aleguem ter recebido uma nova mensagem da parte do próprio Senhor Jesus. Entendemos que Deus pode nos trazer revelações específicas por meio de dons do Espírito, mas nunca essas interações serão contrárias ao que está escrito na Palavra de Deus.
3- O Evangelho que Paulo pregava havia sido aprovado pelos apóstolos em Jerusalém.
A mensagem de Paulo, como já dissemos, era a mesma dos apóstolos, mas o público era diferente. E os apóstolos de Jerusalém reconheceram o ministério de Paulo e a mensagem que ele pregava. O apóstolo comenta que “deram-nos as destras, em comunhão, comigo e com Barnabé, para que fôssemos aos gentios. e eles, à circuncisão” (Gl 2.9).
PENSE! Que tipo de Evangelho estamos ensinando e pregando?
PONTO IMPORTANTE! Como Paulo devemos pregar a verdade, mostrando que a salvação é pela fé em Jesus, pois o Evangelho é o “poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Rm 1.16).
SUBSÍDIO 1
Professor(a) de início ao tópico fazendo a seguinte pergunta: “Por que Paulo conta sua história de vida para os gálatas?” Incentive a participação dos alunos e depois explique que “Paulo não conta a sua história para impressionar os gálatas. Ele não o faz com o objetivo de comover os seus leitores, e sim para mostrar que ele tinha autoridade para pregar e defender o Evangelho aos gentios. As circunstâncias ruins que foi preciso enfrentar não ditaram como Paulo escolheu vê-las. Seu serviço a Cristo lhe trouxe tristeza, privação e pobreza, mas em meio a todas estas circunstâncias nunca perdeu de vista a perspectiva divina. Este conhecimento permitiu que se regozijasse nas tristezas, percebendo que através de sua pobreza trouxe a riqueza do céu para as almas empobrecidas. Embora o mundo o visse como não possuindo nada, Paulo sabia que possuía ‘todas as bênçãos espirituais’ em Cristo (Ef 1.3).” (Adaptado de Comentário Bíblico Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004. pp. 1098.1099.)
II- RELEMBRANDO O PASSADO
1- Escolhido por Deus.
Paulo fora escolhido, mesmo com o seu currículo questionável antes de conhecer Jesus. O que ele fazia como perseguidor da Igreja é relatado por ele mesmo quando discursa ao rei Agripa: “[…] E, havendo recebido poder dos principais dos sacerdotes, encerrei muitos dos santos nas prisões; e, quando os matavam, eu dava o meu voto contra eles” (At 26.10). Paulo se voltará contra os seguidores de Jesus, e com autorização dos líderes judeus, prendeu muitos crentes, e deu seu voto favorável até para a execução de alguns deles. Ele ainda acrescenta: “E, castigando-os muitas vezes por todas as sinagogas, os obriguei a blasfemar. E, enfurecido demasiadamente contra eles, até nas cidades estranhas os persegui” (At 26.11). Como se fosse pouco o que havia feito, ele se recorda de que utilizou as sinagogas como ambiente de castigo aos seguidores de Jesus, e fez com que crentes chegassem a blasfemar do nome do Salvador. Ele não limitou sua perseguição a Jerusalém, e relata que perseguiu cristãos até em cidades que não faziam parte dos limites de Israel. É possível ser uma pessoa cumpridora dos seus deveres, religiosa e, mesmo assim, detestar Jesus e a sua Igreja.
2- Dias em Jerusalém.
Paulo menciona que esteve 15 dias em Jerusalém, e nesses dias, esteve com Pedro e Thiago. Não nos é dito muito acerca desse tempo, mas a menção dos nomes de Pedro e Tiago é importante, por serem colunas da Igreja (Gl 2.9). Os que se opuseram a Paulo até poderiam ignorá-lo ou descredibilizá-lo. Mas em vez disso, não somente o receberam como também reconheceram que os gentios poderiam ser alcançados pela sua pregação. Era uma forma clara de dizer que ele não estava pregando sem o conhecimento da igreja de Jerusalém.
3- Pedro e Tiago.
Como vimos, Paulo faz menção de Pedro e Tiago, homens de Deus que lideravam a igreja em Jerusalém. Essa menção fez com que os gálatas fossem informados de que o apóstolo conhecia os ministros de Jerusalém, e que os respeitava. Ele não se considerava superior a eles e pode não ter sido ordenado apóstolo por eles, mas nunca os desprezou, pois na época em que eles começaram o ministério apostólico, Paulo nem mesmo era convertido, razão pela qual jamais poderia ser apóstolo no lugar de Judas. Deus havia reservado uma outra perspectiva ministerial para Saulo.
PENSE! É possível ser uma pessoa religiosa e mesmo assim, detestar a Jesus e a sua Igreja?
PONTO IMPORTANTE! A vida de Paulo antes da conversão é um exemplo de que isso é possível.
III- A DIFERENÇA DE UMA VIDA TRANSFORMADA
1- Paulo, desconhecido na Judeia.
Em sua defesa, o apóstolo comenta que não era “conhecido de vista das igrejas da Judéia”. Diferente do que temos em nossos dias, onde as redes sociais costumam expor as fotos dos donos de perfis tornando-o conhecido, no primeiro século uma pessoa só seria conhecida se aparecesse presencialmente em um lugar, se fosse uma figura pública ou se já fosse conhecida anteriormente. Apesar de não ter seu rosto manifesto, Paulo sabia que a sua fama de perseguidor chegaria a vários lugares, inclusive na Judeia.
2- Uma vida transformada.
Que poder é capaz de transformar a vida de uma pessoa? Por quais experiências uma pessoa pode passar e fazer com que ela adquira um novo hábito, uma nova perspectiva de vida? Existem formas, humanamente falando, com as quais uma pessoa muda, como a de conclusão de um curso superior, a maternidade, a formação militar, ou mesmo um desafio profissional. Em nossos dias, muitas pessoas tomam tempo em nossos cultos contando, quando têm oportunidade, sobre o seu passado. Passam bastante tempo falando as coisas que cometeram, e deixam pouco espaço para falar o que Jesus fez. Se observarmos os escritos do apóstolo, ele menciona, sim, parte da sua história, mas somente quando estritamente necessário. As Cartas de Paulo no Novo Testamento se ocupam extensivamente não da sua vida pessoal e do que ele era ou fazia antes do Evangelho, mas sim do poder de Deus em sua vida e da forma como esse poder estava disponível para salvar e transformar todos os homens. Não é difícil qualificar uma pessoa pelas coisas que ela fez ou faz. Paulo tinha sido um perseguidor até que se encontrou com Jesus. Não foram poucas as mazelas que ele cometeu contra os santos e, num primeiro momento, a sua conversão foi colocada em dúvida. Mas ele foi paciente e deixou que Deus tratasse do seu passado.
3- O que as pessoas dizem acerca de você? Paulo diz que os irmãos da Judéia glorificavam a Deus pela vida dele.
Em que aspecto residia a alegria daqueles irmãos? No fato de que a fé em Jesus Cristo havia alcançado o coração do perseguidor, e que ele estava anunciando a fé. Apesar da fama que ele havia adquirido como algoz dos santos, Deus havia mudado a sua história de perseguidor para perseguido. Paulo era um fariseu que encontrou o seu Messias, e defenderia a sua mensagem até a morte. Enquanto a igreja era perseguida por Paulo, Deus estava trabalhando. Foi Ele que conduziu Saulo para estrada de Damasco. Os irmãos daquela localidade já sabiam da sua fama, mas o que parecia ser uma extensão da perseguição dos crentes que residiam em Damasco seria o ponto final na vida do perseguidor, que seria transformado em perseguido por causa do Evangelho.
PENSE! Os inimigos de Paulo conheciam o seu passado, e tentaram colocar isso em foco para descredibilizar o apóstolo e sua mensagem.
PONTO IMPORTANTE! Paulo não ocultou o seu passado aos gálatas, mas quando ele conta parte de sua vida, o faz para exaltar o poder transformador do Evangelho em sua vida
CONCLUSÃO
Nesta lição, estudamos uma parte da vida de Paulo. Isso se deu porque foi necessário mostrar a origem do seu apostolado e da sua mensagem aos gálatas. Não somente o ministério de Paulo estava em jogo, mas igualmente a mensagem que ele havia ensinado àquelas igrejas. Paulo nunca se esqueceu das atrocidades cometidas por ele contra a Igreja de Deus, mas também deixou claro que a graça do Senhor o salvou, e que o seu apostolado era um sinal do poder transformador, não da Lei, mas do Evangelho.
HORA DA REVISÃO
1- Por que Paulo conta uma parte de sua história aos gálatas?Paulo não conta a sua história para impressionar os gálatas.
Ele não faz com o objetivo de comover os seus leitores, e sim para mostrar que ele tinha autoridade para pregar e defender o Evangelho aos gentios.2- Os apóstolos de Jerusalém aprovaram o Evangelho pregado por Paulo?Sim. Eles reconheceram o ministério de Paulo e a mensagem que ele pregava.3- Por qual motivo os irmãos da Judéia deram graças a Deus?Paulo diz que os irmãos da Judéia glorificavam a Deus pela vida dele. Em que aspecto residia a alegria daqueles irmãos? No fato de que a fé em Jesus Cristo havia alcançado o coração do perseguidor, e que ele estava anunciando a fé.4- As Cartas de Paulo no Novo Testamento se ocupam extensivamente de quê?As Cartas de Paulo no Novo Testamento se ocupam extensivamente não da sua vida pessoal e do que ele era ou fazia antes do Evangelho, e sim do poder de Deus em sua vida e da forma como esse poder estava disponível para salvar e transformar todos os homens.5- Quem conduziu Saulo para a estrada de Damasco?Enquanto a igreja era perseguida por Paulo. Deus estava trabalhando. Foi Ele que conduziu Saulo para estrada de Damasco.
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