Lição 13: Malaquias – Um alerta sobre o perigo da prática religiosa vazia e sem vida | 3° Trimestre de 2023 | EBD BETEL

18 de junho de 2025

EBD Revista Editora Betel | 3° Trimestre De 2023 | TEMA: PROFETAS MENORES DO ANTIGO TESTAMENTO – Proclamando o arrependimento, justiça e fidelidade a Deus. Anunciando a esperança da salvação através do Messias. | Escola Biblica Dominical | Lição 13: Malaquias – Um alerta sobre o perigo da prática religiosa vazia e sem vida

TEXTO ÁUREO

“Então vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus e o que o não serve.” Malaquias 3.18

VERDADE APLICADA

É preciso permanente vigilância e andar em Espírito para o discípulo de Cristo não se tornar frio, indiferente, superficial e relaxado na vida de adoração a Deus.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Apresentar o cenário do profeta MalaquiasFalar acerca das ofertas contaminadasExtrair lições do livro de Malaquias para hoje.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

MALAQUIAS 11 Peso da palavra do Senhor contra Israel, pelo ministério de Malaquias.

MALAQUIAS 31 Eis que eu envio o meu anjo, que preparará o caminho diante de mim; e, de repente, virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais, o anjo do concerto, a quem vós desejais; eis que vem, diz o Senhor dos Exércitos.6 Porque eu, o Senhor, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos.

MALAQUIAS 46 E converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha e fira a terra com maldição

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA – Ml 1.1-5 A ingratidão do povo.TERÇA – Ml 1.7-14 O formalismo dos sacerdotes.QUARTA – Ml 3.1 O anúncio da vinda do SenhorQUINTA – Ml 3.6 Deus não mudaSEXTA – Ml 3.10 Trazer dízimos à Casa do SenhorSÁBADO – Ml 3.18 A diferença entre o justo e o ímpio.HINOS SUGERIDOS: 144, 243, 244

MOTIVO DE ORAÇÃO – Ore a Deus para não deixar que a apatia espiritual tome conta do seu coração.

ESBOÇO DA LIÇÃO

Introdução1- O cenário do profeta Malaquias2- As ofertas contaminadas3- Malaquias para hojeConclusão

INTRODUÇÃO

Malaquias é o último profeta do Antigo Testamento e sua mensagem é sobre arrependimento e juízo, mas também é uma mensagem de esperança, restauração e salvação.

PONTO DE PARTIDA – Cuidado com a apatia espiritual.

1- O cenário do profeta Malaquias

No tempo de Malaquias, os judeus já tinham voltado da Babilônia há cerca de 100 anos, estavam curados da idolatria, mas indiferentes à Casa de Deus. Os sacerdotes tinham se tornado negligentes em suas funções. Os sacrifícios eram de qualidade inferior, não atendendo às exigências divinas para tal. O dízimo era negligenciado. E tinham voltado à antiga prática de misturarem-se com povos idólatras pelo casamento [Ed 9]. Eles não voltaram à idolatria, mas havia surgido um espírito de mundanismo entre o povo.

1.1. Um pouco mais sobre o profeta Malaquias. Não há no livro de Malaquias informações sobre sua vida pessoal. Seu nome significa “meu mensageiro”. O nome desse último profeta do Antigo Testamento tem sido alvo de discussões, pois muitos estudiosos sugerem que se trata apenas do título de um profeta anônimo; outros dizem que de fato é um nome próprio. Isso deve ao fato de os profetas serem chamados de mensageiros do Senhor. A data que o profeta viveu e escreveu seu livro também é incerta.

Manual Bíblico – Entendendo a Bíblia (CPAD, 2011, p. 339, 341): “”Ministério de Malaquias”, assim começa o livro. Nada mais se sabe sobre este profeta. Alguns especialistas na Bíblia pensam que “Malaquias” é um título, e não um nome. Esta palavra significa “meu mensageiro”. (…) Na verdade, a primeira tradução grega do Antigo Testamento – de aproximadamente 250 a.C. – traduzia o termo como um título, e não um nome. A escolha do autor da palavra Malaquias, para descrever a si mesmo, também pode ter sido uma maneira de apontar para a singular profecia do livro – 3.1 – uma referência ao profeta que prepararia o caminho para a chegada do Senhor. Qualquer que seja o nome do autor, os autores do Novo Testamento citam o livro com autoridade e respeito – como Jesus também o faz.”

1.2. A mensagem do profeta. As questões tratadas no livro de Malaquias, tais como a corrupção no sacerdócio [Ml 1.6-14], o divórcio leviano de esposas israelitas [Ml 2.10-16] e o casamento misto com mulheres pagãs também foram abordadas no livro de Esdras [Ed 9.1-4; 10.1-4] e Neemias [Ne 10.28-31; 13.10-14,23-31], Assim, segundo o Manual Bíblico (CPAD) e Introdução ao Estudo do Antigo Testamento (CPAD), a partir da descrição apresentada por Malaquias em sua mensagem, é provável que tenha exercido seu ministério profético, aproximadamente, entre 450 e 435 a.C.

Revista Betel Dominical – 2° Trimestre/1994 – Auxílios Didáticos ao Professor, p. 44: “Depois de um período de reavivamento [Ne 10.28-39], o povo tornara-se frio em matéria de religião, e descuidado moralmente. O profeta Malaquias veio com o reformador, encorajando ao mesmo tempo que está repreendendo. Tratava com um povo difícil, de ânimo combalido, cuja fé em Deus parecia correr o risco de um colapso. Se já não haviam tornado hostis a Jeová, corriam o perigo de se tornarem céticos.”

1.3. Israel e sua falta de amor a Deus. Malaquias repreendeu o povo por ter abandonado a Lei de Deus, chamando-os de volta para um relacionamento genuíno com Ele e também tentando avivar o espírito nacional deles. O profeta denunciou a hipocrisia dos sacerdotes, alertou sobre os casamentos com mulheres de outros povos, a quebra da lei do sábado, a falta de empatia entre seus próprios compatriotas, a negligência com os dízimos e a desobediência à Palavra de Deus. Israel estava vivendo muito aquém de uma vida daqueles que tiveram tantas experiências com Deus como povo escolhido e separado por Ele. O amor a Deus havia esfriado e o culto tornou-se um ritual frio e mecânico.

Comentário Warren W. Wiersbe – Antigo Testamento: “O povo desobedeceu ao Senhor ao roubar seus dízimos e ofertas. Na verdade, quando o povo de Deus não é fiel em seu doar, não apenas rouba ao Senhor, mas também a si mesmo. O Senhor adiou a chuva e estragou a colheita por causa do egoísmo deles. É claro que dar o dízimo não é “barganhar” com o Senhor; todavia, Deus promete abençoar e cuidar dos que são fiéis em seu serviço cristão [Fp 4.10-19]. Sem dúvida, o Senhor não é destituído; Ele quer nosso dízimo e ofertas como uma expressão de nossa fé e amor.”

EU ENSINEI QUE:

Não se pode compactuar com a mera formalidade de um relacionamento com Deus, fruto de uma vida espiritual vazia e sem frutos.

2- As ofertas contaminadas

Malaquias denuncia a oferta que traziam para o sacrifício como expiação pelo pecado [Ml 1.8]. Contrariando as orientações de Deus a Moisés de como deveria ser feito a escolha dos animais para o sacrifício [Lv 22.17- 33; Nm 18.21-24], aquele povo trazia animais enfermos e defeituosos, os quais não ousariam oferecer ao governador. O profeta reprovou tal atitude e anuncia ao povo que Deus se tornará amado da terra inteira [Ml 1.11].

2.1. Os pecados dos sacerdotes. Os sacerdotes, que deveriam ensinar e guiar o povo na retidão [Ml 2.7], eram os responsáveis por aquela situação deplorável. Haviam se tornado corruptos e tão mercenários que a palavra “sacerdote” era alvo de desprezo entre o povo. Preocupados com seus objetivos pessoais, os sacerdotes deixaram de exercer o ministério para o qual foram consagrados.

Ev. Valdilon Ferreira Brandão (Revista Betel Dominical, 2° Trimestre/ 1994, p. 55): “Na opinião do profeta, a indiferença para com Deus e Sua obra era culpa dos sacerdotes. Eles não ensinavam a Palavra com clareza [M l 2 .8 ], desrespeitando tanto ao povo, como a obra que lhes fora confiada [Ml 1.6, 8]. O correto era que deviam ensinar o povo a ter uma verdadeira experiência com Deus através de seus próprios exemplos [M l 2 .6 -7 ]. Mas infelizmente, denuncia o profeta: eles tornaram – -se uma pedra de tropeço, e causa de escândalos [Ml 2.8-9].”

2.2. O Mensageiro de Deus e o Anjo da Aliança. As nações pagãs que viviam em torno de Israel começaram a ficar mais prósperas, cultas e saudáveis e isso despertou a inveja e as murmurações dos israelitas contra Deus. Eles tinham a impressão de que Deus estava abençoando mais os maus e incrédulos do que o Seu povo, por isso começaram a duvidar do poder e da justiça de Deus. O questionamento deles era: “…Qualquer que faz o mal passa por bom aos olhos do Senhor, e desses é que ele se agrada, ou, onde está o Deus do juízo?” [Ml 2.17].

Tal questionamento logo encontra sua resposta nos primeiros versículos do capítulo 3. O título “meu Mensageiro” e a profecia anunciada são aplicadas a João Batista [Mc 1.2]. Quanto ao “Anjo da Aliança” [Ml 3.1], segundo os estudiosos é o Senhor Jesus Cristo, antes do seu nascimento na forma humana. O contexto refere-se à primeira vinda de Jesus ao mundo com o objetivo de restaurar o verdadeiro e aceitável culto a Deus.

Por causa da contaminação no Templo com a avareza, inveja, arrogância, incredulidade, egoísmo etc. [Jo 2.13-22], já não poderia ser chamado de Casa de Deus. Assim sendo, o Templo foi destruído no ano 70 a.C., e, em seu lugar, Jesus oferece seu corpo como sacrifício na Nova Aliança. A partir de então, todos os cristãos em todas as partes do mundo que O aceitam como Senhor e Salvador constituem-se no Templo do Espírito Santo de Deus [1Co 6.19-20; E f2.20-22].

Comentário Bíblia Shedd: “Meu mensageiro. Este título e predição são aplicados a João Batista no Novo Testamento [Mc 1.2]. Anjo do Aliança. Só pode ser o Anjo de Jeová, que é o próprio Senhor Jesus Cristo antes da encarnação.”

2.3. O dia vindouro do Senhor. A derradeira profecia do Antigo Testamento proclama uma palavra de esperança para o futuro dos crentes em Jesus de todos os povos, nações e culturas. Prediz o retorno de Elias, que foi levado vivo ao céu. Jesus indicou João Batista como Elias que anunciou o Messias [Mt 17.10-13]. João Batista pregou e profetizou “no poder e no espírito” [Mt 11.13-14; 17.12-13; Mc 9.11-13].

Quatro vezes Malaquias olha à frente para o “dia do Senhor” [Ml 1.11; 3.1-6, 16-18; 4.1-6]. Seria como uma fornalha ardente que consumiría os perversos, mas para os que temiam ao Senhor seria dia de alegria, quando o “sol da justiça”, o Messias, se levantaria, trazendo salvação. O mesmo sol que destrói alguns, traz raios benéficos para outros. Símbolos de Jesus Cristo como Salvador e Juiz.

Ev. Valdilon Ferreira Brandão (Revista Betel Dominical, 2° Trimestre/1994, p. 55): “A fidelidade dos juízos divinos – A prosperidade dos maus, tantas vezes evocadas nos salmos com escândalos [SI 30.6; 73.3], provocava em muitos um ceticismo que os levava ao relaxamento na obediência. Muitos questionavam: Para que servir a Deus, se o favorecido é o infiel? [Ml 2.17; 3.14]. Neste momento Malaquias volta a apoiar-se na espera profética do julgamento, para anunciar o dia no qual a justiça de Deus haveria de se manifestar Ml 3.181) todos os infiéis seriam julgados [Ml 3.5];2) o próprio Deus, qual fundidor de metais preciosos, purificará os “filhos de Levi” [Ml 3.3-4];3) os fiéis formariam então o novo povo eleito [Ml 3.17];4) os fiéis seriam curados e abençoados com alegria, sob a luz do “Sol da justiça” [Ml 3.20; Lc 1.77, 79].”

EU ENSINEI QUE:

O Antigo Testamento termina com maldição para os desobedientes. A última palavra do Antigo Testamento é “maldição”, mas o Novo Testamento inaugura o tempo de graça para os remidos.

3- Malaquias para hoje

Malaquias ainda fala ao mundo moderno sobre a necessidade de manter a prática da fé alinhada a um verdadeiro relacionamento com Deus. É um alerta para que se tenha cuidado com o mero formalismo religioso.

3.1. Uma palavra de conforto. Malaquias encerra sua mensagem, falando da diferença entre o justo e o injusto [M13.18],Deixa uma palavra de conforto aos justos: “Mas para vós, que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, e salvação trará debaixo das suas asas; e saireis e crescereis como bezerros do cevadouro” [Ml 4.2], Deus exerce Seu juízo, mas também aponta para a verdadeira esperança. Há um memorial escrito diante dEle para os que temem ao Senhor e se lembram do Seu nome. Deus não se esquece de nossas obras [Ml 3.16],

Comentário Bíblico Moody: “A história tem evidenciado sobejamente o fato de que “tudo o que o homem semear, isso também ceifará” [G16.7]; e continuará sendo assim. Só olhos cegos ou obstinação persistente pode defender a tese de que Deus não faz distinção entre o justo e o ímpio na dispensação de bênçãos.”

3.2. Vale a pena servir a Deus? O povo tinha estabilidade, mas não era rico. Cansados de esperar, os judeus acharam que Deus os havia abandonado. Eles continuavam a adorar a Deus, mas sem fervor, sem empenho. Alguns se casaram com mulheres de outras nações porque isso lhes conferia riquezas e bons relacionamentos. Eles colocavam em dúvida o valor da fidelidade a Deus em detrimento da prosperidade dos ímpios. Não se pode negar que, em muitos momentos, muitos servos de Deus titubeiam diante dessa realidade. Diante da prosperidade dos maus, surge a pergunta se ainda vale a pena ser fiel a Deus.

Bispo Oídes José do Carmo (Revista Betel Dominical, 2° Trimestre de 2008, p. 79-80): “Deus exige confiança incondicional – Quando não confiamos em Deus para nos satisfazer, sustentar, promover, guardar; somos tentados a conseguir a satisfação dos nossos prazeres; nosso sustento; promoção e proteção de forma egoísta, desonesta, desleal e infiel. Seguimos a mentalidade do homem sem Deus, de que “o mundo é dos mais espertos e autoconfiantes”, e que não existe lugar na sociedade para os honestos e éticos. Para não sermos arrastados por esta mentalidade mundana, precisamos confiar inteiramente no senhor e:a) Devemos esperar a Sua providência;b) Devemos esperar por Sua justiça;c) Devemos esperar em Seu amor.”

3.3. O verdadeiro culto. O profeta Malaquias traz um despertamento para o povo de Deus em uma época de crise nos ambientes religiosos, no ambiente social e desânimo entre as pessoas. É possível que a despeito de todas as crises vividas pessoalmente ou ao seu entorno, o crente possa experimentar uma fase de apatia espiritual. Isso se reflete em uma experiência de culto vazio e práticas religiosas sem sentido algum. É como se Malaquias desafiasse cada crente para se colocar frente ao espelho para uma avaliação muito sincera do seu relacionamento com Deus.

Manual Bíblico – Entendendo a Bíblia (CPAD, 2011, p. 338-339): “Adoração insincera – Por todo este curto livro, Malaquias se queixa de que o povo realiza a adoração de maneira superficial, como se isso fosse o que Deus deseja. Eles não compreendem: Deus deseja que a adoração flua de um sentimento interno de devoção e amor. Estas pessoas não se sentem devotadas, elas se sentem obrigadas. Em vez de trazer a Deus o melhor que podem, trazem o que têm de mais inferior: bois coxos, ovelhas cegas, cabras roubadas”. Acrescente-se que tal realidade também refletiu na questão dos dízimos, prejudicando o sustento dos sacerdotes e manutenção do Templo.

EU ENSINEI QUE:

O amor a Deus deve ser demonstrado com um modo de vida coerente entre aqueles que o obedecem daqueles que deliberadamente o rejeitam.

CONCLUSÃO

Vimos neste trimestre que os profetas pregavam o arrependimento como requisito indispensável para o perdão de Deus e o cumprimento de Suas promessas.

SAIBA TUDO SOBRE A ESCOLA DOMINICAL:

Lições Adultos – CPAD  Lições Jovens – CPAD Lições Adolescentes – CPAD Lições Adultos – EDITORA BETEL Lições Jovens – EDITORA BETEL Lições Adultos – REVISTA PECC BIBLIA ONLINE PDF TODAS AS REVISTA DO 3° TRIMESTRE DE 2023

O que os leitores dizem

⭐⭐⭐⭐⭐5.0(187 avaliações)
  • “Estudo bíblico sobre a Lição 13: Malaquias – Um alerta sobre o perigo da prática religiosa vazia e sem vida | 3° Trimestre de 2023 | EBD BETEL claro e direto. Me ajudou muito!” – Ana P.
  • “Material excelente para usar na EBD sobre o tema Lição 13: Malaquias – Um alerta sobre o perigo da prática religiosa vazia e sem vida | 3° Trimestre de 2023 | EBD BETEL.” – Pr. Ricardo
!